quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Picasso é uma fraude!

Bonsoir mes amis,

Devo-vos dizer que Picasso não quer nada comigo, e que eu estou prestes a não querer nada com Picasso. Recordam-se de vos falar nas minhas aventuras "picassianas"? Pois bem, Paris tem Picasso neste momento como o suor tem NaCl, que é como quem diz, Paris transpira Picasso! Existe uma exposição de "Picasso e os Mestres" no Grand Palais, onde tentei ir ontem, mas sem sucesso. Tal, deveu-se só e apenas à senhora que estava à entrada da exposição a barrar a entrada de qualquer desavisado que, como eu, recorria àquele local para observar a dita cuja. Aparentemente estavam a montar uma outra exposição a decorrer também no mesmo recinto, daí não haver lugar a visitantes. O facto, é que só eram visíveis os "mini's" da fiac, assim como os camiões da mesma instituição à volta do Grand Palais (que é bem grande por sinal, a fazer justiça ao nome). Assim, nesta fase do campeonato estava Picasso 1 - Filipe 0.
Hoje, imbuído, novamente, de espírito Picassiano, resolvi tomar o meu rumo ao Museu de Picasso que fica a meia dúzia de metros cá de casa (que é como quem diz que é perto e dá para ir a pé). Contudo, nova "nega" de Picasso à minha pessoa, já que aquele Museu está em obras ou afins até ao dia 24 deste mês. Assim, no final do dia de hoje, o resultado é: Picasso 2 - Filipe 0. Contudo, devo-vos dizer, caros leitores, que O ÁRBITRO ESTÁ COMPRADO!!!

Contudo, não poderia passar o dia sem me imbuir de mais alguma cultura e, aproveitando estar em Marais, passei pelo Musée Carnavalet, que se dedica à história de Paris e de França e que, neste momento, junta o Hôtel Carnavalet e o Hôtel le Peletier. Vale a pena visitar, tanto é que é grátis.

Aproveito para deixar aqui um dos legados que França deixou à humanidade, e que não é mais do que a "Déclaration des Droits de L'Homme et du Citoyen".

Aproveitando a proximidade do Jardin des Vosges, dei um pulo até à casa do Vitor Hugo, onde está patente uma exposição sobre "Les Miserables", exaustiva relativamente à temática abordada, e que relata o período desde a elaboração do texto, das suas várias revisões, da troca de cartas entre o escritor e amigos, até às críticas (que não foram poucas, e nem sempre positivas) após ter sido editado.

Após tudo isto, cada vez mais gosto do sítio onde estou. A gente, o movimento, a proximidade de tudo e de todos, enfim... sinto-me em casa, mas... de férias!

O problema vai ser quando começar a trabalhar: a dura realidade...

Bom, vou ver mais um filme em Francês, este com a Sophie Marceau, no papel de Anna Karenine.

Bien à vous,
Fil

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu querido sobrinho,

Futebolês?! Perdeste com Picasso, agora, voltarás a competir com ele, com certeza, mas ganhaste o Meseu Carnavalet e (re)visitaste Victor Hugo. Ficaste a ganhar.
Que bela e interessante jornada passaste!

Anónimo disse...

Ola Nery!Já não me lembrava como Paris nos transmite tranquilidade mas ao mesmo tempo uma mistura de sensações (parece as 4 estações). (Re)descobre Paris a cada esquina mas também a ti proprio.
Saudações aqui da PAtria, ao som de J. Brell, "valse a quatre temps"