sábado, 25 de outubro de 2008

Picasso 2 - Filipe 1

Caros leitores,

duas horas, DUAS HORAS (!!!) de espera para ver uma das três exposições de Picasso - Picasso et les Maîtres -, esta, no Grand Palais, nos Champs-Elysées. Picasso estava a ver se me ganhava mais uma vez (esteve por um fio...) mas, desta vez, quem marcou golo fui eu, e sempre consegui ver a exposição, que não foi boa, foi muito boa! Valeu, de facto, o tempo que estive à espera (além do bilhete de entrada ser digno de emoldurar).

A exposição põe-nos a par das várias fases de Picasso, e de todos os artistas que lhe serviram de inspiração. Curioso, como ele próprio diz, o tanto que estudou para pintar como os grandes mestres e, depois, levou todo o resto da sua vida para aprender a pintar como uma criança de 10 anos. Não pude deixar de me lembrar de um quadro que o meu sobrinho me deu, pintado por ele, pelo Natal de 2007 (na altura, ainda com 5 anos), que muito se assemelhava com alguns dos quadros de Picasso...

O que esta exposição tem de particular, julgo não ser a evolução do artista mas, de facto, a sua inspiração noutros mestres. Essa comparação é evidente na exposição, já que colocam, por exemplo, o quadro das "Meninas" de Vélasquez e, a fazer parelha, outros 3 quadros de Picasso baseados naquele e que tomam, também, o mesmo nome. E este esquema repete-se com outros quadros "originais" de outros pintores (Rembrandt, El Greco, Goya, Manet, etc) e as "cópias" de Picasso.

Falta-me ver, como é lógico, as outras 2 exposições sob a mesma temática, uma delas no Louvre e, a outra, no Museu de Orsay. Tenho, ainda, algum tempo, já que estarão patentes até início de Fevereiro (dia 2).
Deixo-vos a imagem da "queue" para a compra do bilhete.

O dia valeu pela exposição em si, mas também pela visita a outra igreja, a da Madeleine. Por fora não se assemelha a igreja alguma mas, por dentro, é bela. Hoje à noite há um concerto "requiem de Mozart", mas que custa 20 Euros. Tenho de me controlar, tenho de me controlar... O mal desta cidade é ter demasiado para oferecer. Basta virar a cara para um lado e vemos, ao longe, um monumento que queremos visitar, e lá vamos. Chegados a esse monumento, voltamos a cara para outro lado, vemos outro monumento, e lá vamos... Assim, não são raros os desvios feitos ao trajecto inicialmente projectado.

Agora, le dîner e, depois, mais um filme, o 5º da semana "Qui m'aime me suive" de Benoit Cohen.

Bien à vous,
Fil

1 comentário:

Anónimo disse...

Comme je t'aime je te suis, e daí, vai um comentário (?) muito curtinho (chatice, não vi o "meu" nº de entrada!)ao teu maravilhoso dia de hoje, apesar da bicha (à moda do norte), pois vou já de seguida, também eu, vê bem, ao cinema ver o filme (que falta de imaginação!)PARIS. Espero que tenhas tido um óptimo jantar e que já te tenhas habituado às malfadadas dobragens dos filmes franceses. Em tempos que já lá vão (muito idos, mesmo)até o Elvis cantava em francês. Língua fácil!
Gros bisou et à bientôt.