terça-feira, 21 de outubro de 2008

As primeiras imagens...

Chers lecteurs, bonsoir!


Como já vos havia prometido e, meus amigos, cá comigo é assim mesmo, o prometido é devido (ainda que possa ser com dias, semanas ou outras unidades de tempo passados...), envio hoje algumas das fotografias que têm marcado estes últimos dias.
Assim, a 1ª é referente à preparação da mala, onde podem observar as camisas brilhantemente dobradas. Claro está que não foi propriamente assim que chegaram ao destino...
Nesta 2ª fotografia é possível observar um pequeno pormenor daquilo que é a "Passage de L'Ancre", a tal "viela" que une a Rue St Martin e a Rue Turbigo e, ao fim e ao cabo 2 arrondissement diferentes: Les Halle e Marais.
A entrada para o meu apartamento fica algures à vossa direita, antes da porta vermelha. Aliás, portista que se preze nunca poderia residir num apartamento de porta cor-do-diabo (quem o viu diz que é vermelho), mas sim numa porta azul, que é o caso!
Mesmo à frente da porta da minha residência tenho uma loja sui-generis de, vejam só, reparação de "parapluies". Digam lá se conseguem nomear uma loja desta temática em Portugal? (E, se conseguirem, também não interessa, pois estou na fase de negação do nosso país, e a achar que tudo o que existe aqui é melhor - por favor, deixem-me continuar com este pensamento!).
Apesar de não conseguirem ver, todas as plantas já estão envoltas num emaranhado de fios e pequenas luzes de Natal!
A fotografia que vos mostro aqui mesmo à esquerda dispensa quaisquer tipos de comentários e de legenda, pelo menos, em termos da sua localização geográfica. O prezado leitor que desconhece que local de Paris é este, está de imediato convidado a abandonar o blog, a tirá-lo dos seus "favoritos" e, por favor, a nunca mais digitar http://www.relieraparis.blogspot.com/ em qualquer computador a que eventualmente tenha acesso.

A única coisa passível de ser comentada é, como podem observar, a típica decoração de Natal (ouvi dizer que também são os "Castro" que vêm cá colocá-la). Fica aqui prometido tirar uma fotografia nocturna desta mesma avenida quando ligarem as respectivas luzes.

A fotografia número 4, dou-lhe o nome de "O passeio das folhas mortas", em homenagem ao cantor Jacques Brel.
O Outono chegou em força e não engana. A própria fotografia subvaloriza o que os nossos olhos podem ver, pois a imagem é simplesmente soberba.
A culpa, caros leitores, não é do fotógrafo (moi même), mas sim da máquina com que a tirei: uma máquina óptima para tirar fotografias debaixo de água, mas péssima para tirar fotografias noutro meio que não aquele para o qual foi concebida. A minha outra máquina (que também a trouxe) tem uma limitação importante, que é a falta de carga na bateria e, pior ainda, de carregador para a carregar...
Bom, meus amigos (tirando aqueles que não reconheceram o motivo da fotografia número 3), por aqui me fico.
Amanhã continuarei a tentar aumentar a minha cultura "picassiana", já que o dia de hoje se revelou infrutífero nesse aspecto, tal como vos contarei mais tarde.
Bien à vous,
Fil

6 comentários:

Anónimo disse...

Mon très cher neveu,
Pour commencer... (un peu de culture française ne fait de mal à personne, et encore moins à ceux qui veuillent s'y connaître) "Les feuilles mortes" c'est un poème de Jacques Prévert que tu pourras "déguster" ci-bas chanté, que je sache, par Juliette Greco et Yves Montand, entre autres.

FEUILLES MORTES
paroles: Jacques Prévert
musique: Joseph Kosma

Oh! je voudrais tant que tu te souviennes
Des jours heureux où nous étions amis
En ce temps-là la vie était plus belle,
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle
Tu vois, je n'ai pas oublié...
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Et le vent du nord les emporte
Dans la nuit froide de l'oubli.
Tu vois, je n'ai pas oublié
La chanson que tu me chantais.

REFRAIN:
C'est une chanson qui nous ressemble
Toi, tu m'aimais et je t'aimais
Et nous vivions tous deux ensemble
Toi qui m'aimais, moi qui t'aimais
Mais la vie sépare ceux qui s'aiment
Tout doucement, sans faire de bruit
Et la mer efface sur le sable
Les pas des amants désunis.

Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Mais mon amour silencieux et fidèle
Sourit toujours et remercie la vie
Je t'aimais tant, tu étais si jolie,
Comment veux-tu que je t'oublie?
En ce temps-là, la vie était plus belle
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui
Tu étais ma plus douce amie
Mais je n'ai que faire des regrets
Et la chanson que tu chantais
Toujours, toujours je l'entendrai!

Anónimo disse...

Onde se ...veuillent s'y connaître
deve ler-se, como é óbvio, veulent s'y connaître.

Anónimo disse...

Fil,
É verdade, não resisti, mas a canção "Les feuilles mortes" cantada pela (muse de Saint- Germain-des-Prés) Juliette Greco é das minhas favoritas e o mesmo ocorre com o autor do poema. Eu sei que não ficaste aborrecido com a correcção, bem pelo contrário...
e não poderias ter tirado melhor foto para o ilustrar.
Adorei o romantismo bucólico da entrada da tua casa pela passagem. Quero crer que sempre que lá chegues, saindo de casa ou entrando, a boa disposição tome conta de ti, faça chuva ou sol. Lindo!
E já agora, segundo li, este ano, pelo menos em Lisboa, não foram (porque grande parte já está) os irmãos Castro que instalaram as iluminações de Natal; foi uma empresa francesa. Será que fizeram uma troca?! Capital por capital?!

Quanto a "veuillent/veulent", é só uma questão de conjuntivo e de indicativo. Entenderás certamente os matizes modais...
À bientôt, gros bisou

Anónimo disse...

Ai mas que inveja! E eu aqui nesta terrinha...beijinhos Cris
P.S. Acho POBRE não teres carregador de baterias. Quem vive na fronteira com o Marais não pode dizer uma coisa dessas

Anónimo disse...

Já me esquecia...quero uma foto outonal da "minha" Place des Vosges, mesmo que com a máquina miserável, Cris

Anónimo disse...

...e também acho POBRE eu não ter um blog, aparecer como anónima e ter de assinar os meus comentários!
Não te esqueças de ir ao museu do Grand Palais ver a exposição do Picasso ( e dizer quando acaba!).
Agora, só para não parecer miserável de todo vou para o meu cursinho em Serralves!!! Bisou, Cris