quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O circuito das Igrejas

Bonsoir à tous!

Antes de prosseguir com mais umas palavras traduzidas, ao fim e ao cabo, por uns meros bytes no universo que é a world wild web, deixem-me agradecer veementemente a todos aqueles que me deixam mensagens todos os dias no meu blogue. Isto que faço é, além de um exercício ao qual me devo obrigar para me manter são, por e para vocês (além de que a sua publicação, após resolver umas alíneas do contrato com os meus advogados, me vai render milhares, eh! eh!)!

Depois deste introito (que me escusarei de fazer nos próximos tempos, dada a forte possibilidade de falsamente me acusarem de lamechas), conto-vos o que Paris me ofereceu no dia de hoje. Provavelmente se recordam que estava para ser passado, ad inicium, e na íntegra, no Quartier Latin. Contudo, passei-o uma grande parte mesmo ao lado, em St-Germain-des-Prés.

Assim, um dos objectivos iniciais passava por encontrar a loja da Taschen (após uma busca rápida na net, localizei-a da Rue de Buci nº2). A loja, apesar de pequena, não me desapontou. Tem livros fantásticos, com impressões à qual já fomos sendo habituados e, meus caros, por preços francamente convidativos, alguns dos quais mais baratos do que na nossa pátria-mãe. Parece-me a mim que vai ser um dos meus locais de culto e de visita aos fins-de-semana.

Depois, seguiu-se um vai-vem pelas ruas e ruelas, grande parte do tempo sem mapa na mão, a descobrir sítios giros e interessantes. Assim, quando vierem a Paris, e se quiserem comer crepes bons e baratos, tê-los-ão na Rue St Andre des Arts.

Acabei, também, por visitar o Jardin du Luxembourg (uma beleza em dias soalheiros, como foi o caso) e, depois, aquele que quase poderia ser intitulado como o "caminho das igrejas" já que passei, nomeadamente, por St. Sulpice (a torre Norte continua em obras...), igreja que levou 137 anos a ser edificada e que passou pelas mãos de vários arquitectos, e peça importante do livro de Dan Brown, O Código da Vinci. Logo a seguir a St. Sulpice seguiu-se St. Séverin, com um interior mais simples, mas de uma beleza também imensa, onde se nota uma escassez de imagens religiosas, ao que muito se deve o seu altar central. O seu nome deve-se a um eremita que viveu no local, e é de estilo gótico flamboyant (gostei da palavra e resolvi aqui colocá-la - tentarei, em breve, decifrar esta variante do gótico, se bem que poderemos sempre aguardar por algum comentário de algum(a) leitor(a) mais diferenciado na área...). Após esta igreja, passei por Notre-Dame. Apesar de estarem várias centenas de pessoas no seu interior, é impressionante a calma que transpira. Edificada a partir do século XII, demorou quase 170 anos a ser concluída. É magnífica na dimensão, nos vitrais, no órgão, no tesouro e, até, nas suas célebres chimères. Anteontem foi palco de uma homenagem a uma freira Belga que faleceu com quase 100 anos.

Hoje falta-me inspiração para mais. Vou ver um outro filme, também ele francês, ou dobrado em francês.

À demain, bien à vous,
Fil

2 comentários:

Anónimo disse...

A minha net hoje está com achaques. Tinha feito um comentário enorme, bem à minha maneira, comme il faut, e... eclipsou-se.
Pois, vou retomar... Muito instrutivas as tuas explicações e descrições culturais. E faltou-te a inspiração?! Creio que a tal religiosa de que falaste era a Soeur Emmanuelle que, segundo parece, tinha também nacionalidade francesa; o pai era francês, se me não engano, e a mãe belga. Para além de religiosa, nada prosaica e a antítese da freira tradicional, era também escritora.
Também se comem (espero que ainda exista...) uns deliciosos crepes salgados (galettes) na rue Mouffetard, no quartier latin, mais precisamente numa creperia bretã, La Mouffe, para além dos crepes doces, evidentemente, sempre acompanhados com sidra bem fresquinha e "pétillante".
Há uma rua de que eu gosto particularmente, perpendicular ao boulevard St-Germain-des-Prés, que é a Rue de Seine. O mercado estendia-se ao longo dos seus passeios enchendo tudo de cor e de perfume, para além de ter todo o tipo de pequenas mas encantadoras lojas, livrarias e galerias de arte. É uma rua cheios de encantos.
Estou a adorar ler-te!
Grosse bise

Anónimo disse...

Apesar da inveja que continua a imperar cá por estes lados, deixo-te uma sugestão. Compra o "Pariscope" (está à venda em qualquer quiosque e custa cerca de 0,50€), sai à quarta-feira e é o melhor guia cultural da cidade. Tá lá tudo, mesmo tudo!!!
Aproveita bem estes dias, depois espero que te escravizem no hospital! Sim, porque isto de gozares com os desgraçados que têm de trabalhar não está com nada...
Valha-nos Saint Sulpice!!!
É verdade, não te esqueças de jantar nos gregos do Cartier Latin, não te vais arrepender!
Beijinho,
Cris