sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Os grandes Boulevards

Caros leitores, temos novidades no blogue!

É verdade. A pedido dos meus seguidores consegui, e após várias tentativas, colocar um contador do número de visitantes no blogue. Se vir que a coisa está preta e que o número de visitantes é francamente baixo, tenho duas alternativas:

a) fomentar as visitas tal e qual o Major Valentim Loureiro procurou/ comprou os seus votos; contudo, a tendência não é distribuir electrodomésticos, mas sim rebuçados, chocolates e afins (também tenho de pensar no meu futuro: quanto mais goluseimas comerem, mais gordos vão ficar, logo surgem a diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia etc e, consequentemente, ganho clientes!);
b) aceder, eu próprio, ao site, inúmeras vezes por dia, com a vantagem de que não tenho de me oferecer caramelos para o fazer.

A 2ª novidade passa pela minha biografia que, em pinceladas gerais vos mostra a minha vida, desde o nascimento até ao dia de hoje, já com pinceladas de futuro.

A 3ª novidade é que consegui (espero eu) pôr (qual galinha) o horário dos nossos escritos em conformidade com a hora de Paris e não com a hora do outro lado do mundo.

Muito bem, caros leitores, o que fiz hoje?
Nada mais nada menos do que... passear! E que bom que é! É um facto que ainda estou em férias e que o posso fazer. Podia tecer um comentário ao luxo que é um médico (assim como outras profissões) tirar férias em qualquer altura do ano (tirando Natal e Ano Novo, em que não é permitido, sobretudo se nos calha essa rotação de Serviço de Urgência), ao contrário dos pobres dos professores que só as podem tirar em alturas particulares do ano a não ser que, por desgraça dos próprios, sejam obrigados a tirar férias forçadas. Aí, meus caros, não é o estado que dá essas férias, mas quem? Os médicos, claro está! Essa classe que toda a gente fala mal mas de que tanto gosta...

Bom, voltamos ao nosso Paris.
O passeio, hoje, foi pelos grandes Boulevards, pelas lojas e centros de comércio gigantesco que por aqui existem.

Contudo, não sem antes fazer mais um pouco de reconhecimento pela zona onde habito, nomeadamente por uma outra viela de seu nome "Passage du Grand Cerf". É muito bonita, comprida (120m) e alta (3 andares), e onde existem as mais variadas lojinhas desde arte étnica a coisas mais sofisticadas, com muita jóia à mistura. Logo no final dessa mesma ruela, existe uma outra (esta bem maior e ao ar livre), que é a Rue de Montorgueil. Tem aquilo que já havia procurado nas redondezas e ainda não havia encontrado: peixarias, talhos, várias frutarias e algumas das coisas ligeiramente mais baratas do que nos supermercados, além de também muito mais frescas...

Continuando por ruas, ruinhas e ruelas, lá cheguei à zona da Opéra. Entrei, mas não visitei. Tenho de me recordar frequentes vezes que estou aqui como trabalhador e menos como turista, o que faz com que me tenha de controlar relativamente aos custos. Contudo, é certo e sabido, que no período que cá estarei irei à ópera, não só à Opéra de Paris Garnier, como também à da Bastilha, como também ao Olympia.

Deixo-vos, aqui, o programa dos vários locais. Aceitam-se sugestões e, melhor ainda, meus caros amigos, ficam conhecedores do que melhor se vai fazendo por aqui e pode ser que vos aguce o apetite no sentido de virem ver ao vivo e a cores, juntamente com o vosso ilustre redactor, as peças dos vossos desejos...

Ópera Nacional de Paris Garnier: http://www.operadeparis.fr/


Depois destas considerações artísticas, fui às compras e, devo-vos dizer que, pela 1ª vez me senti um verdadeiro parisiense, quando me passeei na rua com uma casquette na careca comprada nas galerias Lafayette (das quais deixo aqui também fotografia). Contudo, a maioria dos produtos lá vendidos são, neste momento, pouco atractivos para a minha carteira. Estou, contudo, a pensar iniciar um fundo com as contribuições dos meus caros leitores, para o qual até já tenho título: "Fundo de integração social". Com esse fundo, pretenderei comprar as melhores coisas e aos mais altos preços, nas melhores lojas, com o fito de me fazer passar por um verdadeiro parisiense e não como um tuga a fazer-se passar por tal.
Mes amis,
je vais terminer mes considérations d'aujourd'hui,
bien à vous,
Fil

3 comentários:

Unknown disse...

Bem, meu caro! Agora, depois do casquette, esperamos ver-te a pedalar na "velo" com a "baguette" debaixo do braço... et voilá: Un vrai parisien!!!!Beijinhos, Pat

Anónimo disse...

Mon cher, assim não apanhas frio na careca!!! Quanto ao fundo,a crise é geral, mas não me importo de te depositar uns euritos na conta! Beijo grande com saudades.

Anónimo disse...

O teu poder de síntese está francamente a melhorar, de que é exemplo notável a tua autobiografia. Gostava mais que tivesses feito uma fotobiografia, com “casquette” e o mais que pudesse ser mostrado “bien à la parisienne”, mesmo “à bon marché”.
Pois, há que numerar o portuga para que ele aprenda a ser disciplinado, assim, para além de assinar la tante, também posso acrescentar o tal nº de visitante a preto, do género “su turno” ou “a sua vez”. A coisa não está bem preta e os visitantes, parece-me, até são muitos, só que a tua prolixa prosa é intimidatória e inibe toda a boa escrita espontânea. E depois, nem todos têm a sorte de estar em Paris e de férias, isto é, esta coisa requer tempo, inspiração e transpiração.
Inversamente ao que por cá acontece a maior parte das vezes, para ires à ópera não precisas de comprar bilhete com antecedência. É na hora. Pelo menos comigo assim tem acontecido.
Desejo-te a continuação de óptimas e instrutivas passeatas, meu querido sobrinho.
Grosse bise et à bientôt.