quarta-feira, 25 de março de 2009

A mãe...

Caros leitores, o "Relier" mudou de destino.

Não de endereço web ou para um pais exotico, mas para a Bélgica, onde me encontro desde ontem ao fim da tarde, apos um "apelo" e uma necessidade de ver a minha mãe que por aqui ainda se encontra, e que teria a sua viagem de regresso planeada para o Porto hoje mesmo.
Passo a explicar.
O destino, seja la o que isso for ou a definição que encontrarem na "wikipédia", é algo de estranho e contra o qual pouco podemos fazer, ja que ele nos "da as voltas" com uma capacidade estranha e fora do normal. Assim, estava predestinado, ha cerca de 2 meses, uma passagem, da minha mãe, de uma semana por Paris e de outra semana pela Bélgica. Fizemos reserva da viagem de 10 a 25 de Março. A primeira data foi mudada por um feliz acaso do destino, ja que, como aqui deixei referido, a minha mãe veio 15 dias mais cedo para a Bélgica para tomar conta dos netos, fruto de uma viagem da minha irmã e cunhado à América (o que gosto desta palavra...). E assim foi: passou os primeiros 15 dias em Marialoop e, de seguida, tomou rumo à capital mais visitada do mundo, para passar uns dias com o seu filho. Na 5a feira passada voltou à Bélgica, onde contaria passar um bom bocado extra, e "descansar" das caminhadas que deu por Paris, até ao dia de hoje, em que voltaria para o nosso cantinho à beira mar plantado, e para junto do meu pai.
Se a primeira viagem foi trocada por um evento que apenas traduzia felicidade e bem-estar, a viagem de hoje foi adiada por motivos nada agradaveis, e que me conduziram, ontem, até paragens Belgas.
Desde ha uns tempos que a minha mãe andava com tosse, sintomas respiratorios altos, mas bem disposta. Andou bem por Paris. 6a feira passada, começa a "crise": febre e mialgias, muitas mialgias e, apesar de tudo, uma ligeira melhoria da tosse, assim como uma quebra do estado geral importante.
Se a minha mãe estivesse em Portugal ou até em Paris, saberia o que haveria de fazer. Na Bélgica, tornou-se um bocadinho mais complicado. Domingo pedi à minha irmã para arranjar um antibiotico que cobrisse agentes "atipicos". Como é logico, a minha irmã não consegue, do "pé para a mão", arranjar medicamentos sem receita médica. A minha mãe ajudou à festa, desvalorizando os sintomas e dizendo "isto não é nada, é uma gripe...". Segunda feira veio o médico a casa. Ë o médico de familia, aparentemente muito simpatico. Viu a minha mãe, auscultou-a, fez exame ao "xixi" e, no final disse: "Ë virico" - claro esta que disse isto em Neerlandês, sendo que sou incapaz de o escrever naquele idioma. Receitou-lhe Aspegic, e disse que demorava uns dias a passar.
Ontem de manhã, em Paris, e acometido por um impulso, e antes de sair de casa, pensei: vou levar os antibioticos que tenho na minha pasta. E assim foi.
Cerca do meio-dia liguei à minha mãe. Estava combalida, com uma voz doente.
Foi ai que decidi, vou à Bélgica.
Disse no hospital que tinha que sair e expliquei os motivos. Claro esta que ninguém disse que não.
Fui directo à Gare du Nord, tinha TGV dali a 20 minutos, e la vim para a Bélgica. Ë, de facto, a grande vantagem de se estar num local central como Paris.
Cheguei ca a casa com um presente para a minha mãe, que comprei em Lille enquanto esperava pelo meu cunhado. Lembro-me bem de estar doente, quando era pequenino, e a minha mãe, de cada vez que saia à rua, voltava com algum brinquedo novo, ou uma guloseima. Sabia bem, e fazia melhor do que qualquuer medicamento.
Vi a minha mãe, e examinei-a, quando parei na auscultação pulmonar e ouvi crepitações medio-basais direitas. Conclusão: a minha mãe estä com uma pneumonia. Resolvemos não ir ao hospital (o que me aperta o coração, ja que estou habituado a socorrer-me de todos os exames e mais alguns) dado o adiantado da hora, e pelo facto do meu cunhado dizer que, àquela hora não lhe iriam fazer nada, nem sequer um Rx de torax, e que ficaria internada à espera do dia de hoje. Assim, comecei de imediato os antibioticos, para cobrir agentes tipicos e atipicos (viagens de avião, aeroportos, ares condicionados, enfim...). Agora, aguardamos que o "mata-bicho" faça efeito.

Ficarei aqui, pelo menos, até amanhã, na esperança que rapidamente veja melhoras no estado da minha mãe.

Rapidas melhoras, mãe.
Beijo, com amor,
do teu filho,
Fil

8 comentários:

Anónimo disse...

Olá Filipe
desejo rápidas melhoras à tua mãe.
beijinhos

Anónimo disse...

Meu querido amigo nem sei o que te diga...vivam os médicos portugueses que tu tão bem representas!!!
Um grande beijinho de melhoras para a tua Mãe.
(aspegic...nem estou em mim!!!)

Anónimo disse...

Ainda meio ensonada e já a caminho da minhas apressadas abluções matinais pré-fisioterapia, lembrei-me de abrir o computador e procurar o teu blog. (algumas vezes ler-te é necessário para pôr o moral mais perto das nuvens...) Nunca pensei que o meu ânimo passasse a desânimo tão rapidamente; é como tu dizes, há partidas que as circunstâncias (o destino!) nos pregam que nos põem KO. Feliz lembrança a tua de ir à Bélgica e viva o TGV. Oxalá a tua mãe e minha irmã fique boa rapidamente. Um beijo grande para ela e para ti também.
A Cris exprimiu bem o meu (nosso)espanto: ASPEGIC?!!! Nem belgas, nem franceses, só médicos portugueses (alguns!!!).
Até breve.

Unknown disse...

Uma grande beijoca à super-mãe do Filipe! Aposto que já combateu os bichos todos!

Anónimo disse...

Rápidas melhoras. Grande beijo aos dois.
Manela

PS: por cá o que tem "pegado" melhor é o "Avelox" (moxifloxacina)

1/2 disse...

Pouca sorte da minha SuperTia... obra do acaso ou destino, chamem-lhe o que quiserem. Mas nada é por acaso!
E quase estive eu para ir à prima... seria pouco conveniente.

Estou certa que vai recuperar rápidamente, pois com tanto amor e carinho , somando o AVELOX , só pode mesmo ficar Super BOA!
Milhões de beijos para ST , as melhoras e mil em ti.
E

Manuela disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Filipe Nery disse...

Obrigado a todas!